O inquérito para apurar as circunstâncias de um furto de vacina ocorrido no Posto de Atendimento Médico (PAM) de Neves ganhou um novo capítulo. O diretor e a supervisora da unidade de saúde foram intimados para prestar depoimento e não compareceram à sede da Delegacia de Neves (73ª DP), responsável pela investigação do caso.
De acordo com o titular da distrital, Leonardo Macharet, os dois servidores foram intimados com o objetivo de apurar se houve responsabilidade da dupla no episódio envolvendo uma técnica de enfermagem, detida na última terça-feira (13), acusada de furtar vacina contra a Covid-19 para aplicar no seu marido. Ela foi localizada no bairro Neves, em São Gonçalo, quando foi abordada por policiais do programa Segurança Presente.
“Intimamos o diretor e a supervisora do hospital para prestar depoimento a cerca do episódio envolvendo a técnica de enfermagem. Queremos saber se o fato ocorreu de forma isolada ou se tinha a ciência dos diretores do hospital. Aguardamos o depoimento deles para concluirmos o inquérito. Isso deve acontecer na próxima semana”, disse o delegado.
Ainda segundo o titular, a técnica de enfermagem já foi indiciada por peculato. Caso seja condenada, a pena varia entre 2 e 12 anos, além da incidência de multa. No depoimento, a técnica de enfermagem afirmou que guardou o resto das doses que sobraram do fundo de vários frascos de CoronaVac e estava levando para casa, a fim de vacinar o marido.
“Durante o depoimento, a técnica de enfermagem confessou a prática criminosa e alegou que a direção da unidade tinha ciência de tal atitude. Tal fato chamou a nossa atenção e queremos ouvir o diretor e a supervisora para esclarecermos todo o ocorrido”, concluiu o delegado.
Questionada a respeito da acusação de ciência dos servidores na prática do furto de vacina, a Prefeitura de São Gonçalo ainda não respondeu.
Tags
